Operações de caixa do Sexto Distrito
A Agência de Miami do FED de Atlanta atua como um dos dois principais escritórios do FED que ajudam a satisfazer a demanda global por notas e moedas de dólar dos Estados Unidos. Como porta de acesso para as Américas, Miami presta serviços de caixa a 35 países da América Latina e do Caribe, efetuando pagamentos em dólares e recebendo depósitos em dólares de instituições financeiras de toda a região, incluindo vários bancos centrais. Os serviços de caixa internacional representam 50% do volume total de caixa da Agência de Miami. Em 2012, a Agência de Miami recebeu pedidos de moeda de clientes do FED de Nova York atingidos pelo fechamento de aeroportos e estradas durante a super tempestade "Sandy". Consequentemente, a Agência de Miami pagou mais de US$1,3 milhões a correspondentes internacionais entre 29 de outubro e 1º de novembro.

Durante o ano de 2012, a Agência de Miami recebeu, também, vários banqueiros internacionais e representantes de bancos centrais.

Desempenhando um papel de liderança nos pagamentos e facilitando a "bancarização" de consumidores pouco atendidos pelos serviços bancários, o serviço FedGlobal® ACH patrocinou, durante o ano, uma série de esforços de longo alcance para incentivar o uso do serviço Directo a México. Esse serviço ajudou as instituições financeiras dos Estados Unidos a obter uma maior participação no mercado de remessas dos EUA para o México. Esses esforços promoveram a conscientização das instituições financeiras do potencial do mercado de remessas e a coordenação de esforços entre nossos parceiros, incluindo o Banco Central do México, o Instituto para Mexicanos no Exterior, o FDIC (o fundo garantidor de créditos dos EUA) e o Departamento do Tesouro, para dar suporte aos mercados de consumidores com baixo acesso a serviços bancários, prestando serviços como o Directo a México. A equipe de desenvolvimento econômico e da comunidade ajudou a promover esta iniciativa e possibilitou o apoio do Board of Governors (a Diretoria do FED).

Dentre vários eventos de destaque, o serviço Directo a México também foi enfatizado durante a abertura nacional da Semana de Educação Financeira no Consulado Mexicano em Nova York. Integrantes da imprensa, defensores da comunidade e instituições financeiras participaram do evento. O Banco Central do México e o Cônsul do México, Carlos Sada, destacaram a importância do serviço Directo a México na ajuda para a "bancarização" e a redução dos custos das remessas para a população mexicana pouco atendida pelos serviços bancários.

Mesa redonda sobre o México
No dia 12 de abril o Centro das Américas em parceria com o Conselho de Assuntos Mundiais de Atlanta organizaram uma mesa redonda denominada "Bridging the Border: Reinforcing Ties between the U.S. and Mexico" [Conectando a Fronteira: Reforçando os Laços entre os EUA e o México]. O painel explorou o relacionamento de longa data entre os Estados Unidos e o México, dois países conectados pela história, geografia e comércio internacional.
O México experimentou uma década de relativa estabilidade, graças a uma série de reformas fiscais e monetárias, explicou Ed Skelton, economista empresarial do FED de Dallas. Essas reformas incluíram a independência do banco central, disciplina fiscal e a adoção de uma meta formal de inflação.
A professora Jennifer McCoy da Universidade Estadual da Georgia e do Carter Center falou sobre as perspectivas para as eleições no México, bem como sobre a política externa do país no hemisfério. O sistema eleitoral mexicano sofreu grandes reformas que o tornaram um dos sistemas mais imparciais do mundo, explicou Robert Pastor, diretor do Centro de Estudos da América do Norte da Universidade Americana. Pastor alegou que chegou a hora de os Estados Unidos, Canadá e México voltarem a focar no hemisfério, onde as relações comerciais estão paralisadas desde 2001.
Conforme a economia e o sistema financeiro do México tornaram-se mais estáveis e robustos, assim também cresceu sua importância como parceiro comercial dos Estados Unidos. Jorge López Pérez, diretor regional para a América do Norte da agência para promoção do comércio internacional, ProMéxico, descreveu o relacionamento entre os Estados Unidos e o México como um nó grande e apertado, com os sistemas econômicos e financeiros dos dois países tornando-se mais fortes e mais entrelaçados.
Os destaques da conferência e uma entrevista com Robert Pastor foram postadas no canal do FED de Atlanta no YouTube.

A equipe do FED de Atlanta também se reuniu para coordenar futuros esforços de longo alcance com o Ministro de Assuntos Externos do México na Cidade do México. Outros esforços de longo alcance incluíram uma apresentação sobre as melhores práticas do banco central na conferência sobre inclusão financeira global patrocinada pela Agência de Desenvolvimento Internacional dos EUA (USAID) e pelo Departamento do Tesouro dos EUA em Manila. Bancos centrais do mundo todo participaram do evento.

Desenvolvimento de práticas mais eficazes de fiscalização consolidada dos EUA e de toda a região
Em 2012, a unidade de Análises de Risco-País e FBO, parte integrante do Departamento de Regulamentação e Fiscalização Internacional do FED de Atlanta realizou visitas à Espanha, Brasil, Colômbia, Peru e Costa Rica. Essas visitas dão suporte às principais responsabilidades de Fiscalização Internacional nos termos do Programa de Fiscalização dos Bancos no Exterior. A equipe de Fiscalização reuniu-se regularmente com seus colegas reguladores e diretores gerais de FBO nos vários países.

Representantes do Banco também participaram de dois conselhos de fiscalização organizados pelo Banco da Espanha e pelo Banco Central do Brasil que contaram com a presença de diversas agências regulatórias de todo o mundo. Os tópicos discutidos foram o desenvolvimento gradual da regulamentação nos países anfitriões - em relação aos Estados Unidos (com relação à Lei Dodd-Frank) e internacionalmente (com relação à Basiléia III).

A unidade de FBO da Agência de Miami recebeu equipes de fiscalização do Banco Central do Brasil e as superintendências bancárias da Costa Rica e do Peru. Essas oportunidades de se reunir com colegas reguladores auxiliam a missão do Centro das Américas de construir sólidas relações de trabalho em toda a América Latina e Espanha, o que, em última análise, aprimora a capacidade do FED de Atlanta de fiscalizar as operações norte-americanas de FBOs que fazem negócio no Sexto Distrito.

Globalmente, o FED de Atlanta continuou a apoiar as iniciativas de assistência técnica no exterior do Sistema do Federal Reserve. Funcionários da equipe de fiscalização do FED de Atlanta, representando várias áreas de competência, atuaram como instrutores em programas organizados por agências regulatórias estrangeiras e organizações multilaterais no México, Peru, Ilhas Cayman, Portugal, Índia e Coréia. Eles também atuaram como instrutores em Washington, D.C., Chicago, e São Francisco para o pessoal de fiscalização, representando várias agências regulatórias estrangeiras.

Em 2012, a área de Fiscalização Internacional continuou a estabelecer contato com seus integrantes FBO para trocar idéias e receber retorno sobre tópicos regulatórios e que envolvem regulamentação. O grupo organizou um Almoço para Envolvimento dos Banqueiros Internacionais na Agência de Miami, que contou com a participação de representantes de bancos internacionais, o presidente do FED de Atlanta, Dennis Lockhart, a Primeira Vice-Presidente Marie Gooding e funcionários da área de Fiscalização Internacional e gerentes de casos.

Desenvolvendo conexões eficazes de pagamento regional e global
A Diretoria de Pagamentos de Varejo do FED de Atlanta dá continuidade a seu papel de liderança no apoio à meta da Iniciativa de Pagamentos do Hemisfério Ocidental de estabelecer um hub regional de pagamentos. Se implementado, o hub ligará muitos dos sistemas de pagamentos dos bancos centrais das Américas. O Centro de Estudos Monetários Latinoamericanos (CEMLA) está facilitando as discussões para definir a viabilidade da conexão entre 13 bancos centrais da região e o Federal Reserve System. A equipe do FED de Atlanta também se reuniu com o Banco Central do Brasil para discutir esta iniciativa quando participou do Fórum de Pagamentos Globais da Associação Nacional ACH dos Estados Unidos no Rio de Janeiro.

Projeto de Indicadores Comunitários
A equipe de desenvolvimento econômico e comunitário do FED de Atlanta realizou mesas-redondas, entrevistas e pesquisas de opinião sobre a iniciativa de Indicadores Comunitários. O objetivo é reunir dados quantitativos e qualitativos sobre as necessidades das populações de baixa e média renda nas comunidades do sudeste. O projeto focou na participação da força de trabalho de candidatos, de baixa renda, a emprego, tendências do mercado imobiliário e perspectivas de recuperação em bairros necessitados e o acesso ao crédito por consumidores. Myriam Quispe-Agnoli e Karen Leone de Nie escreveram sobre a iniciativa de Indicadores Comunitários em seu artigo intitulado "Taking the Pulse of Regional Low-Wage Workers" [Medindo a Pulsação dos Trabalhadores de Baixa Renda da Região] publicado na edição de Julho/Agosto do Partners Update do FED de Atlanta.

Reforma do Sistema de Garantias
Em toda a América Latina e Caribe, pequenas empresas não têm acesso fácil a crédito comercial. Com algumas exceções, as instituições financeiras só aceitam, como garantia, bens imóveis e veículos. Nos países em desenvolvimento, os bancos geralmente não estão atentos aos bens móveis – que incluem capital social, inventário e recebíveis – como fontes adequadas de garantia. Sofrendo com  a falta de capital operacional, as pequenas empresas enfrentam escolhas impossíveis: contrair empréstimo de redes informais de crédito ou viver sem ele. A reforma do sistema de garantias (STR), prevendo uma infraestrutura legal e institucional para que bens móveis possam ser usados como garantia de empréstimos a pequenas empresas, representaria um importante marco.
Em julho representantes de 14 países, USAID, o Banco Mundial, o Departamento do Tesouro dos EUA e os Departamentos do Tesouro Estaduais e várias ONGs reuniram-se em Atlanta para discutir a reforma do sistema de garantias nas Américas. O Centro das Américas e o Instituto das Américas em La Jolla, Califórnia, organizaram a conferência em parceria. A finalidade era reunir países que estão trabalhando na reforma de seus sistemas de garantias com doadores, bancos comerciais e juristas para compartilhar suas experiências, coordenar esforços e compartilhar melhores práticas. O presidente do FED de Atlanta Dennis Lockhart e o ex-Presidente do Panamá, Nicolás Ardito-Barletta, falaram sobre a importância da STR. Um artigo da EconSouth sobre STR e discussões via podcast com o Embaixador Charles Shapiro do Instituto das Américas e o Professor Boris Kozolchyk do Centro de Lei Nacional estão disponíveis tanto em inglês quanto em espanhol no website do Centro das Américas.

Construindo um melhor entendimento sobre as economias das Américas
Em novembro e dezembro, o Centro das Américas organizou dois workshops dedicados à economia internacional. No Workshop Macro Internacional, patrocinado em parceria com a Universidade de Nova York, os economistas apresentaram as pesquisas mais avançadas sobre política monetária, dívida soberana e empresas na economia aberta. Os destaques incluíram os trabalhos intitulados "Financial Globalization, Inequality, and the Rising of Public Debt" [Globalização Financeira, Desigualdade e o Aumento da Dívida Pública de Marina Azzimonti, Eva de Francisco e Vincenzo Quadrini e "Technology Capital Transfer" [Transferência de Tecnologia de Capital] de Thomas J. Holmes, Ellen R. McGrattan e Edward C. Prescott. Ex-estagiários de dissertação do Centro das Américas Andrea Raffo (atualmente no Board of Governors do FED) e Javier Bianchi (da Universidade de Wisconsin da Secretaria Nacional de Pesquisas em Economia) também apresentaram trabalhos. No workshop sobre Desenvolvimento Econômico Internacional da região Sudeste, patrocinado em parceria com a Universidade Estadual da Georgia, os economistas das universidades regionais apresentaram novas pesquisas sobre uma variedade de tópicos relacionados a desenvolvimento econômico. Os trabalhos de ambas as reuniões estão disponíveis no website do Centro das Américas.

Ao longo do ano, os economistas do FED de Atlanta realizaram novas pesquisas sobre uma variedade de tópicos relacionados às Américas, incluindo remessas, imigração e previdência. Federico Mandelman apresentou "Monetary and Exchange Rate Policy under Remittance Fluctuations" [Política Monetária e Cambial nas Flutuações das Remessas] na Universidade Americana de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos. Ele também apresentou "Regular Variation and the Identification of Generalized Accelerated Failure-time Models" [Alterações Normais e a Identificação dos Modelos Generalizados de Tempo de Falha Acelerado] na Faculdade Internacional de Economia e Finanças da Universidade Nacional da Rússia em Moscou. Ele publicou os artigos intitulados "Immigration, Remittances, and Business Cycles" [Imigração, Remessas e Ciclos Comerciais] (com Andrei Zlate) no Journal of Monetary Economics e "Remittances, Exchange Rate Regimes, and the Dutch Disease" [Remessas, Regimes Cambiais e a Doença Holandesa] (com Emmanuel K.K. Larty e Pablo A. Acosta) na Review of International Economics.

O artigo "Does Employing Undocumented Workers Give Firms a Competitive Advantage?" [O Fato de Utilizar Trabalhadores Não Registrados Representa uma Vantagem Competitiva para as Empresas?] escrito por Myriam Quispe-Agnoli e Julie Hotchkiss (com J. David Brown) estará disponível no Journal of Regional Science. O artigo deles intitulado "The Expected Impact of State Immigration Legislation on Labor Market Outcomes" [O Resultado do Impacto Previsto da Legislação Estadual sobre Imigração no Mercado de Trabalho] estará disponível no Journal of Policy Analysis and Management. O artigo de Quispe-Agnoli intitulado "¿Todos Vuelven? Políticas para el Retorno de Talentos en el Nuevo Milenio" ("Todos Voltam? Políticas para o Retorno de Talentos no Novo Milênio"), escrito em parceria com Fátima Ponce Regalado, foi publicado em um volume editado de Empleo Y Protección Social.

Estágio de dissertação do Centro das Américas
Todo ano, o Centro das Américas convida candidatos a PhD que estão escrevendo dissertação sobre tópicos da área de economia relacionados diretamente com a América Latina e o Caribe a se candidatarem para um estágio de dissertação durante o verão. Espera-se que os economistas progridam de forma significativa em suas dissertações durante seu período no Banco, e são obrigados a  fazer duas apresentações sobre sua pesquisa, além de permanecer disponíveis para consultas da nossa equipe. Dois estagiários foram escolhidos em 2012: Carolina Cabrita Felix da Universidade Emory escreveu sua dissertação sobre "Decision Making in Individual Account Pension Systems" [A Tomada de Decisões em Sistemas de Previdência de Conta Individual] e Diego Vilan da Universidade do Sul da Califórnia que está escrevendo sua dissertação sobre "Optimal Monetary Policy under Stochastic Volatility in a Small Open Economy" [A Melhor Política Monetária em termos de Volatilidade Estocástica em uma Pequena Economia Aberta].

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