Varias décadas han pasado desde la época en que las aerolíneas comerciales volaban entre Estados Unidos y Cuba, pero la reciente reanudación de los lazos diplomáticos está despejando la pista para el despegue. Como el Sudeste de Florida está muy próximo a la isla, las aerolíneas en Florida se verán especialmente beneficiadas.

5 de abril de 2016

photo of the Hotel Habana Libre in Havana, Cuba

Nota do Editor : Este artigo tambèm está disponível em Inglês e Espanhol.

Quando as rotas de voo comercial entre os Estados Unidos e Cuba forem restabelecidas, ainda este ano, o Sul de Flórida será um de seus principais portões de acesso. As companhias aéreas dos EUA estão competindo para voar para a ilha a partir de Miami, Orlando, Tampa, Jacksonville e outras cidades da Flórida.

Os funcionários do Aeroporto Internacional de Fort Lauderdale-Hollywood, de onde quatro companhias aéreas dos EUA se propuseram a oferecer serviço para Havana e outras cidades cubanas, estão excitados com a perspectiva de ganharem outros voos.

"Os negócios podem ser um pouco lentos no começo", comentou Steve Belleme, gerente de desenvolvimento de negócios do Departamento de Aviação do Condado de Broward que opera o aeroporto de Fort Lauderdale. "E o mais importante, nós estaremos na vanguarda do que poderá ser um verdadeiro boom lá adiante, quando a infraestrutura [de Cuba] alcançar a demanda de turistas. Esse será, provavelmente, um dos mais procurados destinos."

Prevendo um boom para além do transporte aéreo

A indústria de viagens dos EUA está se preparando para decolar para Cuba, com as companhias aéreas, os hotéis e as companhias de cruzeiros esperando para oferecer, pela primeira vez em mais de meio século, serviços para a ilha. Em fevereiro, os dois países concordaram em permitir voos comerciais como parte de um esforço mais amplo, dos Estados Unidos, para restabelecer as relações diplomáticas entre os dois países.

Para a vasta maioria das empresas dos EUA, chegar a Cuba é difícil devido ao embargo comercial existente desde 1960, disse Stephen Kay, diretor do Centro das Américas do FED de Atlanta. "Qualquer investidor estrangeiro enfrenta uma infinidade de restrições," acrescentou Kay.

O acordo para viagens aéreas entre os Estados Unidos e Cuba permite 1100 voos diários a 10 cidades cubanas, incluindo 20 viagens para Havana. O Departamento de Transportes dos EUA está analisando os pedidos de linhas feitos pelas companhias aéreas e provavelmente decidirá sobre a concessão de rotas para Cuba neste verão, com voos começando até o outono.

Desde o final de março, quando o Presidente Obama fez uma visita histórica a Cuba, abriram-se outras vias de acesso. A Starwood Hotels & Resorts Worldwide anunciou ter recebido o consentimento dos EUA para trocar a bandeira e operar três hotéis em Havana, e a Marriott International disse estar, ativamente, procurando por negócios de hospitalidade em Cuba. A Carnival Corp, baseada em Miami, foi autorizada pelas autoridades cubanas a iniciar, em maio, cruzeiros culturais partindo de Miami.

A retomada das viagens prepara o caminho para outras oportunidades de negócios em Cuba, explicou Carlos Alzugaray Treto, professor da Universidade de Havana e ex-diplomata cubano que, recentemente, proferiu uma palestra no Fórum de Assuntos Públicos no FED de Atlanta. Por exemplo, "não há restaurantes americanos – isso é uma grande oportunidade", acrescentou ele.

Os números do governo cubano indicam que as viagens para Cuba, a partir de todos os lugares, têm crescido nos últimos anos. De acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas de Cuba, mais de 3 milhões de pessoas visitaram Cuba em 2014, um aumento de 19% em relação a 2010.

Geograficamente localizados para colher benefícios

Estando Cuba a apenas 90 milhas de distância do solo americano, os aeroportos da Região Sudeste estão estrategicamente localizados para ganhar passageiros. A maior população cubana dos Estados Unidos reside no sul da Flórida, com mais de 100.000 pessoas de descendência cubana vivendo apenas no Condado de Broward, alegou Belleme, oficial da aviação.

No aeroporto de Fort Lauderdale, de onde a Southwest Airlines, JetBlue Airways, Silver Airways e Spirit Airlines querem introduzir rotas para Cuba, os negócios poderão aumentar, nos próximos anos, com a expansão dos serviços internacionais, comentou Belleme.

"Essas companhias aéreas possuem redes domésticas muito boas e têm capacidade para atrair/ angariar pessoas que desejam ir a Cuba a partir de qualquer parte dos EUA, portanto não se trata apenas da população local”, explicou Belleme. "Voos de conexão podem, também, gerar um bom tráfego".

O Aeroporto de Miami espera obter voos adicionais, assim que o Departamento de Transportes decidir sobre as rotas para Cuba, disse Greg Chin, porta-voz do Departamento de Aviação do Miami-Dade. O maior aeroporto da Flórida - um dos principais hubs para a American Airlines -, solicitou concessão para operar 10 voos diários de lá para Havana, além de serviços diários para outras cinco cidades. O aeroporto de Miami oferece atualmente uma média de 12 voos fretados para Cuba, por dia, e está esperando a implementação dos voos programados para atender o aumento de 30% no número total de passageiros que teve nos voos para Cuba de 2014 para 2015, acrescentou Chin.

Atlanta também está de olho em Cuba. O prefeito Kasim Reed, que fez, no ano passado, viagem de uma semana ao país, apóia a oferta da Delta Air Lines para oferecer voos a partir do Aeroporto Internacional Hartsfield-Jackson em Atlanta. A Delta propôs, também, voar para Cuba a partir de Miami, Orlando e do Aeroporto JFK em Nova York.

"Acredito que Atlanta esteja perfeitamente posicionada para ser o portão de acesso de Cuba aos Estados Unidos," declarou Reed. "Nossos líderes de negócios, incluindo aqueles que se juntaram a mim na viagem do ano passado, devem continuar trabalhando para construir relacionamentos na medida em que melhorarem as relações entre os EUA e Cuba, as empresas sediadas em Atlanta poderão oferecer suas mercadorias, serviços e expertise à população de Cuba," adicionou Reed.

Karen Jacobs

Redator de Economy Matters